Desde que as redes sociais se
tornaram uma ferramenta de reinvindicações, gerando verdadeiras revoluções em
algumas partes do mundo, se percebeu a força que a Internet pode propiciar e
como o povo pode usá-la para mudar a história. A Primavera Árabe é o maior
exemplo de que a internet pode ser o ponto de partida para uma revolução, vindo
a se tornar um novo modo de povos se unirem para acabarem com injustiças,
abusos e intolerâncias.
Foto da página Feliciano Não Me Representa no Facebook |
Longe do Oriente Médio, o Brasil também
já entendeu que as redes sociais são uma forma de unir o maior número de
pessoas em busca de um ideal. Mas, o País ainda não teve a sua Primavera Árabe
ou uma manifestação que se organizasse na internet, saísse às ruas e
mobilizasse nacionalmente, a ponto de render muita polêmica e movimentar a
política nacional. Porém, uma recente boa manifestação talvez esteja mudando e
fazendo crescer o ciberativismo no Brasil.
A mobilização “Feliciano Não Me
Representa” pode ser considerada uma das maiores da Internet no Brasil que brigam por uma causa legitimamente brasileira e que acaba por derrubar as barreiras do
mundo virtual. Milhares de pessoas, de todas as raças, credos, opções sexuais,
acreditam que o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) não as representa na
presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, acusando-o
de homofobia e racismo. Uma comunidade no Facebook já agrega mais de 20 mil
pessoas e o site Avaaz conseguiu mais de 450 mil assinaturas de quem quer
Feliciano fora da presidência. A mobilização da Internet está conseguindo
chegar às ruas. Aqui em Fortaleza tem manifestação marcada para a próxima
sexta-feira (05/04), na Praça da Gentilândia, no Benfica.
É certo que esse caso do Deputado
Feliciano ainda tem muito o que render. Enquanto ele continua soltando
declarações polêmicas, manifestantes continuam reivindicando. O interessante é
ver como o povo está conseguindo se mobilizar de forma grandiosa, como nunca
havia visto na Internet e nas ruas, montando a nossa mini Primavera Árabe, que
pode ser o pontapé inicial para mobilizações ainda maiores.
Renato Freire
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