quinta-feira, 4 de abril de 2013

Primavera brasileira


Desde que as redes sociais se tornaram uma ferramenta de reinvindicações, gerando verdadeiras revoluções em algumas partes do mundo, se percebeu a força que a Internet pode propiciar e como o povo pode usá-la para mudar a história. A Primavera Árabe é o maior exemplo de que a internet pode ser o ponto de partida para uma revolução, vindo a se tornar um novo modo de povos se unirem para acabarem com injustiças, abusos e intolerâncias.
Foto da página Feliciano Não Me Representa no Facebook

Longe do Oriente Médio, o Brasil também já entendeu que as redes sociais são uma forma de unir o maior número de pessoas em busca de um ideal. Mas, o País ainda não teve a sua Primavera Árabe ou uma manifestação que se organizasse na internet, saísse às ruas e mobilizasse nacionalmente, a ponto de render muita polêmica e movimentar a política nacional. Porém, uma recente boa manifestação talvez esteja mudando e fazendo crescer o ciberativismo no Brasil.

A mobilização “Feliciano Não Me Representa” pode ser considerada uma das maiores da Internet no Brasil que brigam por uma causa legitimamente brasileira e que acaba por derrubar as barreiras do mundo virtual. Milhares de pessoas, de todas as raças, credos, opções sexuais, acreditam que o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) não as representa na presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, acusando-o de homofobia e racismo. Uma comunidade no Facebook já agrega mais de 20 mil pessoas e o site Avaaz conseguiu mais de 450 mil assinaturas de quem quer Feliciano fora da presidência. A mobilização da Internet está conseguindo chegar às ruas. Aqui em Fortaleza tem manifestação marcada para a próxima sexta-feira (05/04), na Praça da Gentilândia, no Benfica.

É certo que esse caso do Deputado Feliciano ainda tem muito o que render. Enquanto ele continua soltando declarações polêmicas, manifestantes continuam reivindicando. O interessante é ver como o povo está conseguindo se mobilizar de forma grandiosa, como nunca havia visto na Internet e nas ruas, montando a nossa mini Primavera Árabe, que pode ser o pontapé inicial para mobilizações ainda maiores.

Renato Freire

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